"Educar é despertar sentimentos, compreensão e mudanças de hábitos"

domingo, 23 de junho de 2013

Diante do crescente mundo virtual, "Ter destreza no computador tornou-se um bem infinitamente mais valioso do que produzir uma boa letra" ou escrever corretamente.
Ninguém de bom-senso discorda disso. Um conjunto recente de pesquisas na área da neurociência, no entanto, sugere uma reflexão acerca dos efeitos devastadores do computador sobre a tradição da escrita em papel. Por meio da observação do cérebro de crianças e adultos, verificou-se de forma bastante clara que a escrita de próprio punho provoca uma atividade significativamente mais intensa que a da digitação na região dedicada ao processamento das informações armazenadas na memória (o córtex pré-frontal), o que tem conexão direta com a elaboração e a expressão de ideias. Está provado também que o ato de escrever desencadeia ligações entre os neurônios naquela parte do cérebro que faz o reconhecimento visual das palavras, contribuindo assim para a fluidez na leitura. Com a digitação, essa área fica inativa.
Por outro lado, a escrita digital  comprova que a comunicação não precisa se fazer sobre um conjunto de regras gramaticais, muitas vezes contraditórias ou de difícil entendimento, com tantas exceções. Entretanto, sabemos que a clareza de um texto necessita, pelo menos, de uma boa pontuação. Assim, o que se faz necessário é uma adequação da escrita digital às normas gramaticais e vice-versa para que assim como as normas gramaticais, a escrita manual não fiquem só na história, daqui a um tempo.


Páginas consultadas